31/01/07

Assim como assim

O puto sempre conheceu pessoas que não gostam de trabalhar e que inventam qualquer desculpa ou subsídio para viver à custa de quem realmente trabalha e faz andar este país.
Contudo, desta foi diferente. Calhou ser um amigo de longa data a mostrar tal atitude. Licenciado, revolucionário, solidário. Este amigo vindo de uma depressão por não encontrar emprego, finalmente conseguiu. Chegou a estar animado. "Com o dinheiro, quem sabe, um carrito?" Uns meses mais tarde, o animo tinha passado a nova depressão pela rotina e stress. Na actual conjuntura, despediu-se... "Não faz mal, assim como assim, vou receber o subsidio de desemprego". Foi este conformismo masoquista, de quem vem de uma depressão por não encontrar trabalho, que espantou o puto. Mas, quem pága o subsídio? O Estado. E quem pága ao Estado? São pessoas iguais a ele, que, contentes ou não, vão trabalhar todos dias. O puto não está aqui para condenar ninguém. Mas, se queremos igualdade temos de trabalhar por ela.

19/01/07

Vergonhas Nacionais

Portugal é espectacular, clima ameno, pessoas hospitaleiras, belas paisagens, praia a perder de vista, uma gastronomia impar. Tudo características deste paraíso à beira mar plantado. São estas algumas das razões pelas quais os turistas saem do nosso país encantados.

Em compensação, nós que cá vivemos, além do positivo temos também a obrigação de apontar o negativo. Como observador quero apontar dois exemplos gritantes da Republica de Bananas que esta nação às vezes parece. “De bananas” em vez de “das bananas” porque dá a ideia que as pessoas que decidem e que julgam não passam disso mesmo. Um fruto sem caroço e mole.

Por falar em bananas, comecemos pelo primeiro exemplo, a Madeira. A Madeira é governada por um ditador déspota que faz o que lhe apetece e ainda lhe sobra tempo. Capaz de vilipendiar e muitas vezes ofender, quem quer que seja de outra cor politica. Chega mesmo ao desplante de mandar bitaites aos maiores órgãos de soberania nacionais. Mas nem tudo é mau. Seria bem pior se em vez de duas ilhas, esse senhor controlasse uma grande nação.

O segundo exemplo é o padrinho. Líder máximo do polvo. Este senhor além de ter os sócios do maior clube do Porto na mão, tem também políticos e polícias como seus lacaios. Senão vejamos, este clube vendeu uma equipa campeã europeia por uma exorbitância de euros e comprou de seguida um autocarro de brasileiros por uns trocados. O engraçado é que o passivo (leia-se divida) deste clube manteve-se, julgam que os associados quiseram que prestasse contas? Nem pensar… Ainda lhes podia acontecer o que já se passou com autarcas do Grande Porto. Sem darem por ela e completamente por obra do acaso foram espancados por armários. Mas não fica por aqui, o melhor é quando, depois de pêgas e viagens pagas a senhores de preto, espancamentos a políticos elegidos pelo povo, acontece que, decidiram investigá-lo. Sacrilégio!
Claro que houve um amigo que ao saber da investigação, ligou para o padrinho a fim de pedir a sua bênção e avisá-lo que em certo dia e a certa hora iria ser visitado pela PJ.
Antes da visita da Judite, arrumou o que tinha para arrumar, fez as malas e dirigiu-se a Espanha para umas merecidas férias… Vida de Padrinho cansa.

Estes dois senhores de tão agarrados ao poder, fazendo tudo o que querem, sobrepondo-se à lei, já chegaram ao estatuto de, até parecer mal, falar mal deles. Até no país da máfia se prendem mafiosos e se relegam, políticos e clubes para divisões inferiores, por défice democrático e/ou corrupção.

Quero com isto dizer que, parece que faltam cojones a quem governa, para acabar com estes dois cancros que se formaram logo após a queda do antigo regime.

Como o camarada Manuel Alegre, “A mim ninguém me cala”.