
Nesse dia algo de diferente passou pela cabeça do puto. Em vez da norma ou rotina maquinal, um sentimento de revolta invadiu os seus pensamentos.
“Porque tenho de sair nesta paragem?” perguntou ele para consigo. O que é certo é que não saiu, mas não fazia mal, pois apanharia o metro umas estações mais à frente. Já no metro, a mesma interrogação e a resposta foi a mesma, mas desta vez desviava-se definitivamente do percurso normal.
Completamente à deriva, saiu na última estação e uma vez na rua andava vagarosamente como quem não tem rumo. Guiado pelo magote de gente e brisa ribeirinha, avistou um banco mesmo virado para o Tejo. “É mesmo ali que me vou sentar e reflectir”
Ao sentar-se e sem aviso prévio, o puto é atingido pelo calor e brilho dos primeiros raios de Sol do dia. Contemplando tamanho fenómeno natural, olhou em volta e o contraste era notório. Os cinzentos e carrancudos transeuntes passavam ao lado, metidos nas suas vidas, completamente alheados do espectáculo cheio de cor, que o astro rei proporcionava.
Naquele momento tudo pareceu fazer sentido.
4 comentários:
Ai o puto, a baldar-se ao trabalho!!
Na altura que isso aconteceu o puto não tinha rendimentos, apenas ia às aulas... boa vida
até parece que foi num arco vermelho (que até dá para correr) que existe ao pé da nossa grande praça do ***é****. Rotina, meu caro, rotina. Actualmente nas aulas era se bem, agora vale guita... valores muito fdds, quando há cenas para pagar.
sao os sentimentos q separam um homem dum calhau XD
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